sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Impressões da babilónia

Tem o centro do mundo as suas curiosidades e algumas delas bem estranhas.
Como sabeis, este ano lectivo encontro-me em Nova Iorque. Ora, mesmo sendo esta a primeira vez que piso solo americano, não posso dizer que desconhecia a cultura e o espaço físico da sua capital, pois há muito que convivia com imagens trazidas pelos filmes, noticiários ou até mesmo pela literatura. Mas também não posso negar que pormenores que julgava de ficção são reais.
Aqui tudo é grande, desde as infraestruturas (edifícios, ruas, linhas de comboio...), passando pelos transportes até chegar às coisas do dia a dia. Eis, por exemplo, alguns dos recipientes que habitam o nosso frigorífico:



Para não falar na enormidade de alguns corpos... Alguém me dizia há tempos que só as estrelas de cinema eram elegantes. Não é bem assim, mas há de facto muitos obesos por cá.
Algo que me surpreendeu também foi a circulação de camiões de grandes dimensões em plena cidade. Além do volume do engenho, pensem no que é o ruído daquele motor em ruas ladeadas por grande arranha-céus e agora imaginem quando fazem uso da buzina?!
Aliás, quem disser que os portugueses abusam nessa forma de expressão (a buzina) para se manifestar na estrada, desconhece certamente os hábitos nova iorquinos.

Outra curiosidade é que algumas tampas de rua deitam mesmo fumo... Afinal há fumo sem fogo.



Já alguma vezes ouviram a expressão: "Aqui há de tudo, como na farmácia". Pois é, esta expressão parecia-me algo estranha e fora de contexto até chegar cá. Aqui, de facto, na farmácia encontra-se de tudo. Dos medicamentos aos causadores de doenças... vejam só os folhetos de publicidade:

Surpreendente é também o facto de não se encontrar alimento que não seja enriquecido com qualquer coisa, por mais natural que este se designe.

Bom ou mau? Diferente.
Diferentes são também as medidas por cá. As temperaturas são Fahrenheit (32ºf equivalem a 0ºC), o peso em libras, a altura em pés, o comprimento em milhas, os líquidos em onças e galões. Um novo universo de raciocínio nem sempre fácil de acompanhar...
Aqui fica então um apanhado do meu olhar sobre a babilónia....

Recomeçar ou continuar?

Peço desculpa a todos os que têm vindo aqui e não têm assistido a novas mensagens.
Na verdade, ao inaugurar este blog era minha intenção ser-lhe fiel e depositar nele as impressões e expressões do meu dia a dia. Imprimir nele os rasgos de ser que me compõem. Vamos então (re)começar...