quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tudo e nada

As tempestades da alma prendem ao incerto e indefinido o corpo com ânsias de sentido.

Tudo cai com a morte.

Tudo se perde com o desaparecer.

Ninguém é essencialmente insubstituível. Ninguém é essencialmente essencial. Todos somos nada sonhando ser tudo.

domingo, 17 de julho de 2011

Rumos

Soletrar entre o verde palavras que não se vêem
Tocar o indistinguível
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De outra forma

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sonhar outro futuro

esgotaram-se as personagens...

urge inventar outro sonho, outro futuro, outro algo

para além de

Datas

São o que são, as datas. Pouco. Mas fazem parte da nossa história, elementos da teia que nos sustenta.

Hoje recordo as emoções, os sonhos... o caminho construído.

Caminho novo e único. A possibilidade edificada...
O vazio nas extremidades. Temos material para continuar. Cabe-nos a decisão.
Juntos, partilhando os medos, acreditando.

re-utériner


le vermeil utérin embrasse ton corps aujourd'hui adulte
Rentrer à nouveau dans cette maison d'une sonorité oubliée
Re-utériner au lieu de renaître

Absurdos

Um sentir que me falta, me prende não sei como
Quero ser o que não sou e sou incapaz de ser o que quero
Meu corpo é-me estrangeiro e repilo teu corpo que me quer consolar

Na solidão mais obscura procuro companhia. Uma companhia que me deixe só...
Ocupo um espaço que não sei habitar: impenetrável, invisível, inaudível
Cercam-me abismos e meus olhos cerrados não vêem pontes

Prisioneiro de mim divago, derivo

A certeza da morte impede-me de viver
Os infinitos possíveis obnibulam o possível finito

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Do outro lado

Do outro lado da página há um estranho vazio, uma espessura outra que faz tremer os membros.

Procuro a fluidez do reencontro, o caminho da palavra, as vertentes do olhar

Do outro lado da página, a história escreve-se